sábado, 28 de novembro de 2009

Debate: documentário cinematográfico VS televisivo


«Um filme – “Pare, Escute e Olhe”, de Jorge Pelicano – e os três prémios que ganhou no DocLisboa abriram  polémica: está o festival de cinema documental contaminado pela televisão e a premiar um produto de TV? Não, dizem os defensores: o filme não só é cinema como tem uma capacidade de comunicar com o público, coisa que muitos não têm. Está sim, contrapõem os críticos, quando o que devia fazer era valorizar quem experimenta fora dos formatos». in Público, 6-11-2009 (PDF)

O documentário da polémica (trailer):


«O documentário, género fragilizado pela sua reduzida implantação nos circuitos da distribuição cinematográfica comercial, e em consequência muitíssimo dependente da televisão, é pasto fértil para esta confusão. Demasiadas vezes se toma a “reportagem televisiva” por “cinema documental”. Algum jornalismo pode ser posto a par da melhor literatura, mas mesmo nesses casos há uma diferença de natureza, preocupações, práticas e funções distintas. A reportagem é presidida por um tema, no cinema o “tema” surge através da criação de um ponto de vista construido com o tempo, com o espaço, com o real. Os recursos formais, a respiração e o ritmo são diferentes.» Luís Miguel Oliveira, ibidem.

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