sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Futurismo

«Movimento artístico e literário que teve origem no início do século XX, antes da Primeira Guerra  Mundial, e que se desenvolve na Europa, sobretudo em Itália, com os trabalhos de F. T. Marinetti. Marinetti apelava não só a uma ruptura com o passado e com a tradição mas também exaltava um novo estilo de vida, de acordo com o dinamismo dos tempos modernos.


No plano literário, a escrita e a arte são vistas como meios expressivos na representação da velocidade, da violência, que exprimem o dinamismo da vida moderna, em oposição a formas tradicionais de expressão. Rompe-se com a tradição aristotélica no campo da literatura, que já estava enraízada na cultura ocidental. O futurismo contesta o sentimentalismo e exalta o homem de acção. Destaca-se a originalidade, que Marinetti procura pelo elogio ao progresso, à máquina, ao motor, a tudo o que representa o moderno e o imprevisto.

O futurismo influenciou a pintura, a música e outras artes como o cinema. Neste aspecto, Marinetti sugeriu que se fizesse um filme futurista que surgiu com o título Vida  Futurista (1916). Neste filme, levantaram-se problemas de âmbito social e psicológico. O cinema era então visto como uma nova arte de grande alcance expressivo.

O futurismo difunde-se em vários outros países, para além da Itália e da França, incluindo Portugal. Segundo Pedro Oliveira, o jornal português Diário dos Açores seria o único a reproduzir o primeiro manifesto futurista de Marinetti e a publicar uma entrevista do mesmo teorizador. Posteriormente, Mário de Sá-Carneiro e Álvaro de Campos aderem ao futurismo, assim como José de Almada Negreiros com o Manifesto Anti-Dantas (1916), onde se apresenta como poeta futurista do Orpheu.


Um outro país a sofrer a influência futurista foi o Brasil, onde se ansiava romper com os movimentos estéticos anteriores e,  por outro lado, inovar no plano nacional.

No extremo oriental da Europa, a Rússia é um dos polos privilegiados no desenvolvimento do futurismo que surgiu com o manifesto Uma Bofetada no Gosto Público, assinado por D. Bourlyok, A. Kroutchoykh e V. Mayakovsky. Os futuristas russos opunham-se às vanguardas simbolistas e eram  considerados como representantes de um importante aspecto do vanguardismo russo. Surgem grupos como o cubo-futurismo e o ego-futurismo. É de notar o papel determinante que o futurismo teve na literatura russa, pois é bem capaz de ter influenciado indirectamente o surrealismo, o cubismo, o expressionismo e o dadaísmo.»

in http://www2.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/F/futurismo.htm 

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