quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Personagem e ponto de vista


Viaggio in Italia (1954), Roberto Rossellini


Cul-de-Sac (1966), Roman Polanski



Era uma vez um melro cantor (1970), Otar Iosseliani



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O assunto e o argumento, segundo Kiarostami

Ten on Ten (2004), Abbas Kiarostami


O argumento:
«Eu não costumo escrever os meus guiões da maneira como habitualmente são escritos os argumentos. A minha primeira ideia sobre uma intriga não é mais do que meia página. Depois desenvolvo isto para 3 páginas, e por essa altura sei se o filme pode ser feito. E tomo a minha decisão sobre se o filme pode ser feito com base nestas 3 páginas. É claro que não era assim no início da minha carreira. Só faço isto desde que já não tenho que submeter um argumento a um produtor ou ao Ministério da Cultura. Agora, tanto um como o outro sabem já que é praticamente impossível para mim manter-me fiel ao argumento escrito. Eu só me mantenho fiel à ideia original do filme. Mas mesmo disso não posso ter a certeza.»

«Se dermos diálogos escritos a não-actores, eles acabam por dizê-los palavra a palavra, e se isso acontecer os não-actores tornam-se verdadeiros actores. Mas para este tipo de filme, não-actores devem permanecer não-actores. Outra coisa importante é que quando escrevemos, cuidamos a gramática. Mas a língua falada nem sempre segue as regras de gramática. As regras de gramática devem ser quebradas. Isto produz diálogos naturais de acordo com a cultura da pessoa que fala. Como disse, não escrevo argumentos exactos. É no processo de filmagem e produção que as alterações diárias vão gradualmente modelando o filme. E o argumento toma forma à medida que o filme vai sendo feito.»

Ten on Ten (2004), Abbas Kiarostami

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Ten (2002), Abbas Kiarostami




O assunto:

«O assunto de Ten é baseado na vida do dia-a-dia. Certamente muitos espectadores sérios e vários críticos acharão que o assunto é aborrecido. Não surpreende que o cinema esteja cativo da necessidade natural de contar histórias. Nós estamos acostumados, ou fomos acostumados, a só aceitar a realidade dentro do quadro de uma história, de forma que seja excitante ou comovente. Este é o velho estilo de narração usado por Sherezade nos seus contos para o rei que costumava matar os convidados. Mas eu não acredito que o trabalho de cineasta seja excitar ou comover o espectador, só para criar momentos especiais. Mostrar simplesmente a realidade pode fazer as pessoas pensarem nos seus próprios actos e comportamentos e nos dos outros. E ver e aceitar a realidade como ela é. (...) Esta é a principal diferença entre este tipo de cinema e o de Hollywood. Neste tipo de cinema o assunto mais importante é: os seres humanos e suas almas.»

"The Basic Story", segundo Hollywood


O argumento em 3 actos

How to Establish Conflict in a Movie Script: http://www.youtube.com/watch?v=P2nAOKHmZpM

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Curtas-metragens

O Pão e a Rua (1970), Abbas Kiarostami

               
(Versão original muda)

La Récréation/ The Breaktime (1972), Abbas Kiarostami

               

The Collection (2001-2005), Bruno de Almeida


Outros da Colecção:

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Diálogos

ANIKI-BOBÓ (1942), Manoel de Oliveira


Ver de 1'50" a 2'40":


Mudar de vida (1966), Paulo Rocha


Domingo à tarde (1966), António de Macedo 

O cerco (1970), António da Cunha Telles


Pedro Só (1971), Alfredo Tropa

O passado e o presente (1971), Manoel de Oliveira


Uma Abelha na Chuva (1972), Fernando Lopes


Cartas na mesa (1973), Rogério Ceitil


O Mal-amado (1974), Fernando Matos Silva



Meus amigos (1974), António da Cunha Telles



KILAS, O MAU DA FITA (1981), José Fonseca e Costa

A Divina Comédia (1991), Manoel de Oliveira



A CAIXA (1992), Manoel de Oliveira

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ciclo “O Teatro no Cinema”

Hoje, 18h, auditório EP1:



A caixa (Manoel de Oliveira) 

Organização: PAR

Jean Rouch

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Sobre o documentário

Entrevista a Eduardo Coutinho

Entrevista a Jean Rouch

Aspectos do documentário contemporâneo


Boca de Lixo (1992), Eduardo Coutinho

Esta Televisão é Sua (1997), Mariana Otero



 


Buena Vista Social Club (1999), Wim Wenders

http://www.youtube.com/watch?v=vG8Sw_HkW0A



Ser e Ter (2002), Nicolas Philibert




The Khmer Rouge Killing Machine (2002), Rithy Pahn

Os respigadores e a respigadora (2004),  Agnès Varda



O céu gira (2004), Mercedes Álvarez




O Pesadelo de Darwin (2004), Hubert Sauper
Trailer:




Lisboetas (2004), Sérgio Tréfaut
Trailer:

Le grand silence (2005), Philip Gröning 

Trailer http://www.youtube.com/watch?v=L68Fuy3YV1o

Le papier ne peut pas envelopper la braise (2007)Rithy Panh 



Tulpan (2009), Sergei Dvortsevoy

Abordagens

«A pesca do atum» (1939), Leitão de Barros


Lа Τеrrа Тrеmа (1948), Luchino Visconti





Stromboli (1950), Roberto Rossellini





Costas del sur (1956), Ernesto Halffter, José María Hernández Sanjuán




Almadraba Atuneira, de António Campos, 1961




Pour la Suite du Monde (1962), Pierre Perrault e Michel Brault (em francês)

(ver cerco aos golfinhos brancos aos 48’) 


domingo, 6 de novembro de 2011

Curtas nas Caldas


SESSÃO DE CURTAS
14 Novembro 2011, segunda-feira | 21:30 | Pequeno Auditório

CENTRO CULTURAL E CONGRESSOS CALDAS DA RAINHA

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Curtas em Exibição: Dois para comer; Alice e Eu; Os melhores vão primeiro (A união faz a força); Quem sou eu e o que quero; Um dia.

DOIS PARA COMER

Um dia Joaquín acorda e descobre que a mulher o deixou e ao filho. O que lhes custa mais suportar é o facto de ela já não estar lá para fazer todo o trabalho doméstico. Os dois vão encontrar uma solução surpreendente. 
Realizador Borja Cobeaga
Ficção, Espanha 2005, 16 minutos
Com: Ramón Barea, Mariví Bilbao, Alejandro Tejerías



ALICE E EU

Simon tem que conduzir a sua velha tia Mala e duas das suas amigas, Lydia e Colette até à beira-mar. No caminho recebe um telefonema da sua namorada, Alice, que se torna numa discussão.
Como avós judias que o são, as três velhas senhoras vão imiscuir-se, o que, naturalmente, nada resolve...


Realizador Micha Wald
Ficção, Bélgica, 2004, 19 minutos
Com: Vincent Lecuyer, Bella Wajnberg, Gita Spigel


OS MELHORES VÃO PRIMEIRO (A UNIÃO FAZ A FORÇA)

O projecto começou com uma ideia dos Screenwriters Oslo, um colectivo que integra alguns dos mais promissores jovens escritores noruegueses. Eles usaram partidos políticos como inspiração para criar histórias sobre a Noruega da actualidade.
Todos os partidos políticos têm um manifesto que expressa valores, atitudes e mentalidades que podem facilmente transformar-se em acções e conflitos.

Realizador Hans Petter Moland
Ficção, Noruega, 2002, 9 minutos
Com: Ole Jørgen Nilsen, Trond Høvik, Elin Sogn


QUEM SOU E O QUE QUERO

Este filme é sobre MIM e sobre o que EU quero. Não é sobre TI e sobre o que TU queres. Pensas que tudo o que eu faço é sobre ti, mas não é. É sempre sobre mim…

Realizador Chris Shepherd, David Shrigley
Animação, Reino Unido, 2005, 8 minutos


UM DIA

O homem na barriga da mulher foi o primeiro de muitos.
Nunca lhe causou problemas e era melhor que o homem que ocupava o tronco da mulher perpendicularmente.


Realizador Marie Paccou
Animação, França, 1997, 4 minutos

Bilhetes:
Normal – 4.5€
Estudante (<25 anos) e Seniores (>65 anos) – 2.5€

5 planos



sábado, 5 de novembro de 2011

Ciclo de cinema "Teatro no Cinema"

Quartas às 17h30 na ESAD: http://cadernospar.blogspot.com/2011_10_01_archive.html



CICLO DE CINEMA E DEBATE 2011-2012


O PAR escolheu o tema “O Teatro no Cinema” para o Ciclo de Cinema e Debate deste ano.
Convidam-se todos os docentes e estudantes a assistirem à exibição dos filmes selecionados e a participarem no debate que se segue, orientado pelos docentes mencionados.


Dogville (Lars von Trier) 09/11
- Prof. Luísa Arroz

A caixa (Manoel de Oliveira) 16/11
- Prof. Leonor Areal

Throne of blood (Akira Kurosawa) 23/11 
- Prof. Pedro Ferreira


“film” (Beckett) 25/11
- Prof. Diogo Saldanha e Prof. Tomás Maia


A corda (Hitchcock) 30/11 
- Prof. David Santos 

Os filmes serão projetados no Auditório do EP1 a partir das 17:30h, 
com exceção de “film” que passará no dia 25  às 10:30h.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mini-história do documentário (2)


Almadraba Atuneira (1961), António Campos


Pour la Suite du Monde (1962), Pierre Perrault e Michel Brault (em francês)

(ver cerco aos golfinhos brancos aos 48’)

Belarmino (1964), Fernando Lopes


CINEMA DIRECTO: Richard Leacock (entrevista)

Jazz Dance (1954), Roger Tilton
Primary (1960), Robert Drew

What's Happening! The Beatles in the USA (1964), Albert Maysles, David Maysles


Titicut Follies (1967), Frederick Wiseman

Salesman (1968), Albert Maysles, David Maysles, Charlotte Zwerin


Black Panthers (1968), Agnès Varda




Torrebela (1977), Thomas Harlan

Reportagem:

Grândola Vila Morena: